Ventilação Mecânica Invasiva Domiciliária (VMI)

O que é a ventilação mecânica invasiva domiciliária?

A ventilação invasiva domiciliária é realizada através de uma traqueostomia (VMTD) (uma abertura cirúrgica na traqueia para criar uma via aérea através da qual é colocado um tubo de traqueostomia e conectado um tubo a um ventilador de pressão positiva). Em pessoas com doenças neuromusculares progressivas e envolvimiento bulbar, ou outras doenças em que o acesso não invasivo seja ineficaz, a realização de uma traqueostomia é a única alternativa para manter a ventilação a longo prazo. 

Os objetivos da VMTD são manter e prolongar a vida, melhorar a qualidade de vida, reduzir a morbidade e melhorar e manter as funções físicas e psicológicas, bem como promover o crescimiento e desenvolvimento do paciente em casos pediátricos. 

Quais são as vantagens e desvantagens da VMTD?

A traqueostomia é um acesso artificial e invasivo às vias aéreas que pode ser mantido durante um longo período e permite não só uma ventilação correta, como também o acesso directo às secreções respiratórias, evitando a obstrução das vias aéreas superiores. Também permite evitar o uso de uma máscara nasal ou facial e é um sistema mais seguro quando é necessário um suporte entre 16 e 24 horas por dia.

As desvantagens icluem uma potencial infeção, irritação à volta da traqueostomia, aumento das secreções no início, cuidados acrescidos devido à remoção das secreções por sucção ou através de um dispositivo mecânico para a tosse, e equipamentos e accessórios mais caros, bem como cuidados especiais para a fala através da utilização de vávulas fonatórias. 

Que tipos de tubo de traqueostomia são utilizados para a VMTD?

As cânulas de traqueostomia podem ser produzidas de diferentes materiais (metal, plástico ou silicone), podendo ter ou não valão e, por sua vez, serem fenestradas ou ñão-fenestradas. Em qualquer um dos casos, recomenda-se que possuam uma cânula interna, que possa ser facilmente retirada para limpeza, evitando a necessidade de remover toda a cânula em caso de obstrução por secreções. As cânulas fenestradas são indicadas em pacientes com ventilação mecânica a tempo parcial. Nestes casos, durante os períodos sem ventilação, deve-se colocar a cânula interna fenestrada, esvaziar o balão (se houver) e aplicar um tampãoou filtro na extremidade de cânula. Recomenda-se tentar realizar a VM vom v*anulas sem valão, sempre que o grau da função bulbar e as características do paciente o permitam. A ventilação sem balão, por natureza, é ima ventilação com fugas. A utilização de cânulas sem balão pode facilitar a fonação em pacientes que necessitam de VMTD 24 horas por dia, se for mantida uma função bulbar adequada. 

Nos casos em que a ventilação através de uma cânula sem balão é ineficaz ou as fugas para as vias aéreas superioes causem um grande desconforto ao paciente, as diferentes alternativas propostas são: mudança para uma cânula de maior diâmetro, ventilação através de uma cânula com balão esvaziado ou, como último recurso, ventilação com uma cânula com balão parcial ou totalmente insuflado. 

Podem ser utilizados ventiladores volumétricos ou de pressão. Deve-se ter em conta que, se for utilizado um modo de pressão, as fugas excessivas podem interferir com a ciclagem. 

Material necessário para o tratamento

Para realizar este tratamento de ventiloterapia não invasiva com suporte ventilatório parcial, são necessários os seguintes materiais.

  1. ventilador, que gera um volume de ar a uma determinada pressão.
  2. O humidificador de ar, que serve para evitar o ressecamento das mucosas.
  3. O tubo, a peça que conecta o ventilador ao paciente.
  4. Uma interface (tubo do trasqueotomia) que conecta o paciente ao ventilador. Existem diferentes tipos de tubos de traqueotomía para conseguir uma melhor adaptação possível ao ventilador.

Como utilizar o ventilador

Coloque o ventilador sobre a mesa de cabeceira, perto da cabeceira da cama, para que este não caia enquanto dorme. Tenha cuidado para não colocar o equipamento num local onde alguém possa bater contra ele ou tropeçar no cabo de alimentação. 

Certifique-se de que a área ao redor do gerador de ar está limpa e seca. O equipamento deve estar posicionado sem que nada obstrua a entrada de ar na parte de trás do ventilador.  Ligue uma extremidade do cabo de alimentação ao ventilador e a outra extremidade a uma tomada elétrica.

Uma luz acende-se para indicar que o ventilador está ligado*. Conecte o tubo à interface e ao humidificador, se este tiver sido prescrito. 

O tratamento pode ser mais confortável se for utilizado um humidificador que adicione humidade ao ar respirado. O depósito do humidificador, que está ligado ao ventilador, deve ser enchido com água destilada até à marca correspondente. Sempre que o ventilador for deslocado, é necessário esvaziar primeiro a água restante e, em seguida, desligar o humidificador. 

* Dependendo do modelo do equipamento. Consulte o manual de instruções.

Manuseamento de uma cânula de traqueostomía

Lembre-se que o cuidado com a cânula deve visar manter a permeabilidade das vias aéreas, evitando que a cânula de traqueostomia saia, além de evitar outras complicações, principalmente infecções respiratórias. 

As cânulas de traqueostomia consistem num tubo externo e im interno. O tubo ou cânula externa têm fitas para a fixação ao redor do pescoço. O tubo ou a cânula interna encontra-se dentro da cânula externa e pode ser retirada para a sua limpeza. .

As cânulas de traqueostomia podem ter um balão, que permite fixar o tubo e selar a via aérea para evitar fugas de ar.

Conecte uma extremidade do tubo de ar ao ventilador e a outra ao conector da cânula de traqueostomia. 

Ligue o equipamento e respire normalmente.

Ajuste o tubo de ar de modo que não o incomode e a que possa mover-se livremente.

Quando não estiver conectado ao ventilador, pode continuar a utilizar o humidificador de traquestomia para manter a humidade adequada na via aérea. 

Complicações da traqueostomia

Cuidado do estoma

Este procedimento não está isento de riscos e as suas complicações podem surgir tanto a curto como a longo prazo.

O correto tratamento de traqueostomia, desde o cuidado do estoma à aspiração das secreções, é fundamental para evitá-las.

Mantenha o estoma limpo uma vez retirada a cânula, limpe a mucosa e a pele com uma gaze estéril e soro fisiológico e/oo antissético do tipo iodopovidona. Deixe-a secar. Verifique o estado do estoma periodicamente (vermelhidão, sinais de infeção, sagramento...).

Aplique uma ligeira camada de solução antiácida (almagato, antiácido ou outros produtos existentes no mercado) nas zonas irritadas.

Uma vez limpo o estoma, pode ser canulado novamente. Intercale gazes limpas ou um babete entre a pele do paciente e a cânula para remover a humidade das secreções e ajudar a manter esta área o mais limpa e seca possível.

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