Ventilação Mecânica não invasiva domiciliária (VMNI)
com apoio parcial ou total

O que é a ventilação mecânica não invasiva?

A Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI) é um tratamento com pressão positiva no qual o paciente é ligado a um ventilador através de uma interface acoplada a um tubo. As interfaces incluem uma vasta gama de máscaras nasais, orais ou faciais, almofadas nasais (pequenas almofadas que se enxaizam nas fosas nasais) e peças bucais, vendantes labiais ou outros dispositivos orais. As máscaras nasais e faciais podem, inclusive, ser fabricadas à medida, embora a grande variedade e qualidade das máscaras de fabrico normalizado, disponíveis atualmente no mercado, torne estas últimas, de longe, as mais utilizadas.

Quais são as vantagens e desvantagens da VMNI?

A principal vantagem da ventilaçao mecânica não invasiva (VMNI) é o facto de evitar a necessidade de criar uma avertura no pescoço (traqueostomia), que pode causar infeções e desconforto. Além disso, permite que o paciente fale e enagula normalmente (desde que não haja doenças neuromusculares) e conserve o paladar e o olfato. Outra vantagem é a reduçao da necessidade de um cuidador pessoal, cuidadores familiares ou cuidados de enfermagem relacionados. 

A desvantagem mais relevante é o desconforto causado pela máscara, que cobre a boca e/ou o nariz, o que pode resultar em sensaçao de claustrofobia ou dificultade de adaptaçao. Além disso, há o risco de obstrução das vias aéreas superiores e preocupaçoes de segurança, especialmente em casos que exijam ventilação mecânica contínua 24 horas por dia. A VMNI pode ser menos eficaz quando há secreções abundantes ou quando ocorre uma deterioração progressiva dos músculos envolvidos na deglutiçao, fala e tosse (baixa função bulbar). Portanto, uma tosse eficaz, capaz de eliminar as secreções, é fundamental para o sucesso da VMNI. 

Que tipos de máscaras ou interfaces são normalmente utilizados para a VMNI?

A escolha do tipo de máscara é de extrema importância, tanto para a adaptação como para a eficácia da ventilação. É importante que:

  • Tenha um tamanho pequeno: para reduzir o espaço morto.
  • Se adapte à morfologia do paciente: para reduzir as fugas de ar.
  • Seja confortável: para evitar efeitos secundários, como feridas cutâneas nas zonas de contacto.
  • Seja fácil de colocar: tanto para o paciente como para os cuidadores.

A máscara nasal apresenta várias vantagens, como a facilidade de manuseamento, o que reduz a sensação de claustrofobia, permite ao paciente tossir sem retirar a máscara e, em caso de vómitos, há menos complicações. Além disso, devido ao seu tamanho compacto, acrescenta muito pouco espaço morto. No entanto, uma desvantagem significativa é o risco de fugas devido a uma vendação inadequada à volta da máscara, que pode ser evitada ajustando corretamente o arnês ou touca da máscara. Também podem ocorrer fugas de ar pela boca, que podem ser controladas com o uso de um arnês para o queixo ou optando por uma máscara oronasal. 

A máscara oronasal ou facial, ao cobrir tanto o nariz como a boca, oferece como principal vantagem evitar fugas pela boca em pacientes com respiração oral. Além disso, permite pressões de suporte mais elevadas com menos fugas e, por sua vez, exige menos colaboração do paciente. As desvantagens da máscara facial são o seu desenho mais desconfortável e volumoso, que muitas vezes causa claustrofobia e cria mais espaço morto. Além disso, por vezes podem ocorrer fugas de ar devido a um mau ajuste entre a máscara e o rosto do paciente. 

A peça bucal facilita a comunicação e a eliminação das secreções. No entanto, está associada a alguns efeitos secundários, como boca seca, aumento do risco de aspiração, alteração da oclusão dentária e problemas na articulação temporomandibular. Este tipo de interface é especialmente útil quando o paciente é muito dependente do ventilador. No entanto, é pouco provável que seja tolerada durante mais de 16 horas por dia. 

Material necessário para o tratamento

Para realizar este tratamento de ventiloterapia não invasiva com suporte ventilatório parcial, são necessários os seguintes materiais:

  1. O ventilador, que gera um volume de ar a uma determinada pressão. 
  2. O tubo, a peça que conecta o ventilador ao paciente.
  3. O humidificador de ar (opcional), que serve para evitar o ressecamento das mucosas. 
  4. Uma interface (máscaras nasais, bucais, faciais ou totais), que conecta o paciente ao ventilador. Existem diferentes tipos e variedades de interfaces para conseguir uma melhor adaptação possível ao ventilador. 

Como utilizar o ventilador

Coloque o ventilador sobre a mesa de cabeceira, perto da cabeceira da cama, para que este não caia enquanto dorme. Tenha cuidado para não colocar o equipamento num local onde alguém possa bater contra ele ou tropeçar no cabo de alimentação. 

Certifique-se de que a área ao redor do gerador de ar está limpa e seca. O equipamento deve estar posicionado sem que nada obstrua a entrada de ar na parte de trás do ventilador.  Ligue uma extremidade do cabo de alimentação ao ventilador e a outra extremidade a uma tomada elétrica.

Uma luz acende-se para indicar que o ventilador está ligado*. Conecte o tubo à interface e ao humidificador, se este tiver sido prescrito. 

O tratamento pode ser mais confortável se for utilizado um humidificador que adicione humidade ao ar respirado. O depósito do humidificador, que está ligado ao ventilador, deve ser enchido com água destilada até à marca correspondente. Sempre que o ventilador for deslocado, é necessário esvaziar primeiro a água restante e, em seguida, desligar o humidificador. 

* Dependendo do modelo do equipamento. Consulte o manual de instruções.

Máscaras

Existem dois tipos de máscaras:

Máscara nasal

Máscara oronasal

Utilização da máscara

Desaperte o encaixe inferior do arnês, segure a máscara sobre o nariz e coloque o arnës puxando-o sobre a cabeça. Certifique-se de que as correias não estão torcidas. 

Aperte novamente o encaixe inferior do arnês e certifique-se de que encaixa no lugar. 

Ajuste as correias superiores uniformemente. Não as deixe demasiado apertadas. Ajuste as correias inferiores até estarem numa posição confortável. 

Conecte uma extremidade do tubo de ar à máscara e a outra extremidade ao ventilador.

Ligue o equipamento e respire normalmente.

Ajuste as correias para corrigir possíveis fugas. 

Deite-se a ajuste o tubo de ar para que este se possa mover livremente se se virar enquanto dorme. 

A máscara fornecida pela OXIGEN salud não necessita que o arnês seja reajustado sempre que é usada. A equipà de assistência irá ajustá-lo no momento da instalação do equipamento. 

Manutenção e limpeza

A equipa de assistência da OXIGEN salud realizará uma revisão periódico do equipamento. No entanto, recomenda-se seguir as regras de higiene e limpeza descritas abaixo, o que tornará o tratamento mais confortável e prolongará a vida útil do equipamento. 

Antes de dormir, lave o rosto. Isto irá remover a gordura antes de colocar a máscara.

Lave a máscara diariamente com água e sabão neutro. Enxague-a bem e deixe secar. Guarde-a num local limpo e seco.

O arnês para a cabeça pode ser lavado na máquina de lavar roupa. 

Lave o tubo de ar com água morna e sabão neutro.Enxague-o bem, pendure e deixe secar (não no exterior, para não deteriorar o material plástico). Guarde-o num local limpo e seco. 

Lave o humidificador com água morna e sabão neutro. Enxague-o bem e encha com água destilada. A água do tanque deve ser trocada, no mínimo, de dois em dois dias. 

Retire o filtro de ar do ventilador e limpe-o regularmente. 

Desligue o equipamento da tomada e limpe regularmente o ventilador com um pano ligeiramente húmido. Não submerja o equipamento ou o cabo de alimentação em água. Desligue sempre o equipamento antes de o limpar. Certifique-se de que está seco antes de voltar a ligá-lo. 

Se um paciente tiver de viajar, pode fazê-lo sem quaisquer problemas. Deve sempre notificar a OXIGEN salud e seguir as regras da empresa de transporte que vai utilizar.

Entre em contacto connosco

Assistência ao paciente 24h

800 450 181 Solicitar marcação

Outras terapias respiratórias domiciliárias

Aerossolterapia

Consiste na administração de medicamentos por via inalatória para que penetrem diretamente nos pulmões.
Saiba mais

Apneia do sono

O tratamento mais comum para a apneia do sono é a administração contínua de pressão positiva através do nariz com um ventilador: CPAP, APAP ou BiPAP.
Saiba mais

Aspiração de secreções

Consiste na remoção de secreções respiratórias retidas nas vias aéreas através de um aspirador.
Saiba mais

Drenagem de secreções

Terapia destinada a pacientes incapazes de expelir as suas secreções pulmonares, devido a distrofia muscular, miastenia grave, poliomielite ou outras doenças.
Saiba mais

Fisioterapia respiratória

A reabilitação respiratória baseia-se no treino muscular geral para incentivar o treino aeróbico, a força dos membros superiores e o treino da musculatura respiratória.
Saiba mais

Monitorização da apneia infantil

Método de prevenção da Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL).
Saiba mais

Oximetria de pulso

Mede o nível de saturação de oxigénio na hemoglobina, ou seja, a quantidade de oxigénio transportada pelo sangue.
Saiba mais

Oxigenoterapia

Administração de oxigénio em concentrações superiores às do ar ambiente (21%) para o tratamento da hipoxia.
Saiba mais

Outras patologias respiratórias

OXIGEN salud puede proporcionar estas otras terapias: carboterapia, helioterapia...
Saiba mais
A OXIGEN salud é responsável pelo tratamento dos dados, com a finalidade de gerir as consultas e as encomendas. Pode exercer os seus direitos de proteção de dados enviando um e-mail para dpo@oxigensalud.com.

Usamos Cookies

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para fins técnicos e analíticos e para personalizar os anúncios. Mais informações.